Pagamentos

Carteiras Digitais na América Latina: Conquistando a Confiança dos Consumidores

August 11, 2025 Leituras de 4 min
As carteiras digitais se tornaram rapidamente a forma de pagamento preferida de muitos latinoamericanos, substituindo métodos tradicionais baseados em dinheiro, como o Boleto e os vouchers da Oxxo e 7Eleven no México. Neste post, vamos tratar como plataformas como Mercado Pago, NuPay e PicPay estão remodelando o ecossistema financeiro da região, oferecendo alternativas acessíveis, seguras e repletas de recursos que aumentam a confiança dos consumidores e promovem a inclusão financeira. Descubra como os pagamentos em tempo real (RTPs), o suporte a criptomoedas e as funcionalidades de super apps estão impulsionando o crescimento das carteiras digitais no ecommerce em toda a América Latina.
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Não é novidade que os meios de pagamento digitais se tornaram a escolha preferida dos consumidores, enquanto opções baseadas em dinheiro, como o Boleto no Brasil, vêm perdendo relevância aos poucos. Mesmo em países onde a inclusão financeira está em um estágio diferente, como México e Peru, vouchers de lojas de conveniência como Oxxo, 7-Eleven e PagoEfectivo estão gradualmente perdendo força. As protagonistas da vez são as carteiras digitais como Mercado Pago, NuPay e PicPay, que conquistaram a preferência dos consumidores em toda a América Latina.

O que impulsiona essa digitalização dos pagamentos — que tem carteiras digitais como protagonistas — é a busca por métodos mais convenientes e, acima de tudo, mais seguros. Vale destacar ainda que essas carteiras têm desempenhado um papel fundamental na ampliação da inclusão financeira na região. Além de oferecer acesso a serviços financeiros, elas passaram a disponibilizar benefícios exclusivos, como cashback e programas de pontos.

Por que as carteiras digitais se tornaram as queridinhas dos consumidores

A ascensão das carteiras digitais tem sido impulsionada por grandes transformações nos processos de pagamento em todo o mundo. Sua relevância cresce ainda mais com a mudança para uma sociedade mobile-first. Isso é evidente na América Latina, onde, em 2023, cerca de 65% da população já utilizava internet móvel — número que deve chegar a 72% até 2030.

Hoje, os usuários podem abrir uma conta em poucos minutos e gerenciá-la totalmente online, sem precisar ir até uma agência física. Além da praticidade de abrir uma conta sem a burocracia dos bancos tradicionais, as carteiras digitais surgiram como interfaces fáceis de usar, oferecendo soluções de pagamento próprias com apenas alguns cliques. Isso se tornou um atrativo para uma parcela da população que não tinha acesso a ferramentas de pagamento mais tradicionais, como cartões de crédito.

Soluções como o Mercado Pago e o PicPay, do Brasil, são ótimos exemplos dessa evolução, desempenhando um papel fundamental no aumento da inclusão financeira de muitos latino-americanos. O Mercado Pago, por exemplo, alcançou 61,2 milhões de usuários ativos únicos, segundo seu relatório de resultados do quarto trimestre de 2024. Já o PicPay — mesmo atuando apenas no Brasil — chegou a 59 milhões de clientes em dezembro do ano passado.

Se por um lado a facilidade de abrir contas em carteiras digitais incentivou sua rápida adoção, benefícios exclusivos como cashback, rendimento sobre o saldo da carteira e a evolução dessas soluções em “super apps” aceleraram ainda mais essa tendência. Hoje, essas carteiras oferecem serviços como recarga de celular, cartões de transporte público e até marketplaces próprios com descontos de parceiros. A NuPay, por exemplo, já conta com uma solução de “Compre agora, pague depois”, permitindo que os usuários parcelem compras em até 24 vezes sem a necessidade de um cartão de crédito. Tudo isso tem ajudado a fortalecer a confiança dos consumidores e a preferência por carteiras digitais — muitas das quais se tornaram a conta financeira principal de seus usuários.

Outro ponto favorável das carteiras digitais é a segurança que elas oferecem. Segundo uma pesquisa da Mastercard realizada em 14 países da América Latina e Caribe, 83% dos consumidores indicaram que os recursos de segurança são o fator mais influente na escolha de um método de pagamento, seguidos pela proteção das informações financeiras, citada por 79%.

Soluções como a tokenização de dados e autenticação em dois fatores atenderam à demanda por pagamentos mais seguros, ao reduzir a exposição e o vazamento de dados sensíveis. Esses recursos ajudaram a consolidar ainda mais as carteiras digitais como as favoritas dos consumidores em toda a América Latina.

Relevância das carteiras digitais na América Latina

No contexto latino-americano, o Brasil é um caso à parte. O país liderou a digitalização dos pagamentos com o Pix, que se tornou tão popular que, em 2024, já representou 22% de todas as transações no e-commerce da América Latina — segundo dados da PCMI. Porém, as carteiras digitais vêm logo em seguida, totalizando 10% de todas as transações na região, segundo a mesma pesquisa.

Em muitos casos, as carteiras digitais se tornam a conta principal de pessoas que acessam serviços financeiros pela primeira vez graças a esses provedores. Além disso, elas têm impulsionado, consequentemente, o crescimento de outros métodos de pagamentos, que são os Real Time Payments (RTPs), como o próprio Pix no Brasil, que é a principal fonte de abastecimento das carteiras no país. O mesmo ocorre com o UPI na Índia, um sistema semelhante ao Pix, que se tornou a principal forma de alimentar carteiras indianas como PhonePe e Paytm.

As digital wallets também fomentam o uso de cartões de crédito e débito. Vale lembrar que existem basicamente dois tipos de carteiras: aquelas que armazenam saldo em dinheiro (competindo com os cartões de crédito), e as carteiras tokenizadas que armazenam cartões — como Apple Pay e Google Pay — e que acabam transacionando operações com cartão de crédito, ajudando a promovê-lo.

Representatividade das carteiras digitais em cada país

Ao analisar a participação das carteiras digitais como método de pagamento no e-commerce por país, observamos uma média comum de 8% na maioria dos países da América Latina. Isso destaca o papel crucial que essas carteiras têm desempenhado na região, apesar de cada país estar em um estágio diferente de desenvolvimento econômico e inclusão financeira.

No Brasil e no Chile, elas representam 7% das transações online. No Peru e no México, esse número chega a 10%, sendo que o México deve crescer a uma taxa composta anual de 29% entre 2024 e 2027. Na Colômbia, as carteiras digitais respondem por 5% das compras online, mas esse percentual chega a 18% nos pagamentos presenciais.

Porém, há um país que se destaca muito acima da média: a Argentina. Lá, as carteiras digitais já representam 46% dos pagamentos. O cenário de instabilidade econômica faz com que a maioria das pessoas evite deixar dinheiro em contas correntes tradicionais. Em vez disso, preferem carteiras como Mercado Pago e Ualá, que oferecem rendimento automático sobre o saldo e permitem aplicações automáticas em instrumentos que acompanham a taxa básica de juros do governo, com liquidez diária.

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