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Wandinha chama a atenção para os serviços de assinatura e o setor Fintech

February 3, 2023 Leituras de 6 min
Em novembro, Wandinha estreou no Netflix chamando a atenção não apenas para um clássico do cinema, mas também para o fenômeno do streaming e dos serviços de assinatura. Mas qual é o papel da fintech no crescimento exponencial dos serviços de assinatura nos últimos anos e qual é o futuro disso?
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A nostalgia da Família Addams foi reimaginada com o retorno do clássico dos anos 60. A série ganhou uma nova versão focada na personagem Wandinha que escureceu nossas telas com mistério e humor sombrio no fim de novembro, superando em audiência Round 6 e Stranger Things com mais de 1,02 bilhões de horas de exibição nas três primeiras semanas de sua estreia. 

A série Wandinha é prova de como as plataformas baseadas em assinaturas tomaram nosso mundo (e carteiras) de assalto, com mais de 8,6 milhões de assinaturas móveis ativas só no ano passado no mundo todo. Com uma variedade de serviços de assinatura disponíveis, nos aproximamos do limite da demanda à medida que as pessoas atingiram o número máximo de assinaturas que estão dispostas a manter. A Netflix é nosso principal exemplo, pois perderam mais de um milhão de assinantes em 2022, antes de recuperarem mais de dois milhões de assinaturas até outubro. A combinação de hipercompetição e aumento do acesso à tecnologia permitiu que serviços de assinatura, como a Disney+, que tinha 28,6 milhões de assinantes nos três primeiros meses de seu lançamento, atingisse a marca de, aproximadamente, 152 milhões de usuários. Mais recentemente, houve uma expansão dos assinantes da Disney+ dentro dos países europeus e africanos devido à rápida digitalização global, oferecendo acesso a um serviço de entretenimento em regiões que tinham, até então, escassez a esse tipo de conteúdo e também graças a maior oferta de opções de pagamento que melhor se adequa à realidade financeira destes públicos. 

Com esta batalha contínua de plataformas de streaming em um mundo cada vez mais acessível – que é muito parecida com a disputa de esgrima entre Wandinha e Bianca – cada movimento pode botar tudo a perder ou favorecer a estratégia dos competidores. Seja pela qualidade e popularidade do conteúdo ou pelas opções de pagamento e termos do contrato de assinatura, a necessidade de um produto aperfeiçoado do início ao fim é essencial para conseguir mais assinantes.

Unlimit, Enid Sinclair e Wandinha Addams

Mas você deve estar se perguntando por que a Unlimit está falando de uma série do Netflix e o que a fintech tem a ver com serviços de assinaturas? A série Wandinha trouxe uma comparação criativa que demonstra a dinâmica das fintechs nos bastidores dos serviços não financeiros.

Imagine que seus provedores de assinatura de streaming sejam como o personagem Enid: brilhantes, coloridos e cativantes com sua simpatia única para com público. Já as fintechs estariam mais parecidas (de uma forma menos sombria, é claro) com a Wandinha: mostrando pragmatismo, pensamento avançado e confiança com seus parceiros. A gente acompanhou a Wandinha chegando em sua nova escola, sendo cercada por aqueles que parecem não compreendê-la, mas, apesar disso, sua personalidade transparente construiu uma conexão com todas as pessoas com que ela se aproximou. 

O papel da fintech é oferecer honestidade e transparência em um mundo onde os consumidores sentem falta desses valores. Muito parecido com Wandinha, fintechs tem necessidade de resolver problemas do presente e tendem a ser objetivas em suas abordagens.

A capacidade de Wandinha de se conectar com quem realmente importa é uma imagem simplificada de como as fintechs se relacionam com diferentes serviços como o de assinatura, traçando um paralelo que você não poderia imaginar. Assim como a improvável parceria de Enid e Wandinha, vemos fintechs fazendo parcerias com diversos tipos de fornecedores de bens e serviços com o intuito de atender demandas e oferecer acesso às massas.

Assinaturas e fintech

Mas onde entram as fintechs no mundo dos serviços de assinaturas? A receita de plataformas de assinaturas subiu significativamente durante a pandemia, com mais usuários se entretendo com conteúdos em vídeo e música. Diversos outros negócios também se aventuraram no setor de assinaturas como livrarias, lojas de vinhos, itens para animais de estimação e muitos outros. A popularidade aumentou à medida que a pandemia trouxe uma maior necessidade de conexão humana digital amigável, como os serviços de streaming de grupo. Do ponto de vista do consumidor, percebemos a conveniência das assinaturas ao acabar com a necessidade de fazer pagamentos manuais a cada mês.

Enquanto a Wandinha deu as graças nas telas dos assinantes do Netflix, vimos a concorrência aumentar com outras assinaturas de streaming oferecendo programas exclusivos através de plataformas como Disney+, Amazon Prime, Netflix e AppleTV. A Fortune Business Insights estimou que o mercado global de streaming valia 372 bilhões em 2021, com uma expectativa de crescimento anual de 19,9% até 2030. Mas os assinantes ainda precisam de um modelo de negócios que seja melhor orientado ao consumidor e atenda o valor que buscam em um produto. Por outro lado, as empresas precisam de um fornecedor sofisticado para apoiar as diversas fontes de receita ao mesmo tempo em que buscam novas formas de aumentar as margens de lucro com a crescente concorrência. E como isto pode ser feito?  As fintechs e os serviços de assinatura andam juntas, com a Fintechs oferecendo expertise financeira e gestão de fundos para um serviço que obtém receita através de múltiplos canais (por exemplo, publicidade e assinaturas), em nível global. 

Apesar de a Wandinha demorar para tomar certas atitudes, sabemos que ela tem uma característica que é cada vez mais valorizada pelos consumidores – a transparência. Fazendo um paralelo desse traço de sua personalidade para a fintech, sabemos que as empresas de serviços de assinatura que oferecem transparência sobre o funcionamento de seus serviços são mais propensas a reter clientes. Não surpreende saber que cobranças de taxas ocultas e mudança nos termos de contrato afastam clientes. Por isso, em um mercado hipercompetitivo, a oferta adequada de assinaturas pode incentivar a fidelidade do cliente.

Processos antiquados e planos de pagamento de alto compromisso são coisa do passado e produtos e serviços que não avançaram com a tecnologia estão perdendo clientes. Imaginamos que estes comerciantes sejam como Joseph Crackstone quando ele disse: “Eu não vou parar até expulsar todos os excluídos do Novo Mundo”. Assim como Crackstone, os únicos excluídos que tendemos a ver agora são aqueles que tentam evitar o progresso tecnológico e ficam para trás. A falta de inovação está deixando as empresas em posições altamente vulneráveis em relação ao crime financeiro e a lealdade dos clientes, já que os consumidores buscam mais eficiência e custo-benefício.

Cada vez mais, prestadores de serviços estão buscando soluções para simplificar os processos de assinatura, atendendo o desejo do consumidor de firmar ou encerrar um contrato na hora que quiser. Além disso, inovações e tecnologias em open banking podem simplificar o processo de assinatura para os clientes, ao mesmo tempo em que protegem os comerciantes e prestadores de serviços contra atritos de pagamento, como falhas de processamento de pagamento e reclamações de clientes. Por meio de parcerias de inovações e serviços, os produtos baseados em assinaturas não só são capazes de coletar dados mais precisos para sua oferta de produtos, mas também enviar lembretes de pagamento e oferecer aos clientes um recurso de “clique para cancelar”; colocando o cliente no controle. A integração de novos processos, tais como o open banking, simplificaria até mesmo a cadeia de pagamento e permitiria às empresas cobrar e receber pagamentos diretamente do banco para o banco.

O futuro das assinaturas com o setor fintech

“Tenho uma estranha sensação de que as respostas para o meu futuro estão no passado” – terceiro episódio.

Com o avanço da digitalização e da concorrência crescente, vemos plataformas de streaming buscando apoio em novas soluções para aumentar as margens de lucro e enfrentar o mercado competitivo. Apesar do crescimento da Netflix que vimos no final do ano, as tecnologias estão sendo utilizadas para melhorar sua oferta de produtos e gestão de dinheiro. A própria Netflix fará uma parceria com a Microsoft para aumentar a receita através de anúncios, além de começar a testar o recurso “adicionar uma casa” em que os assinantes vão poder cobrar uma taxa dos usuários com quem compartilham sua conta da Netflix. Com diversas fontes de renda, há uma maior necessidade de uma solução simplificada para entender melhor os caminhos da receita e aprender com questões do passado, como a Wandinha disse no terceiro episódio. O open banking, por exemplo, é uma inovação que pode apoiar as empresas de comércio eletrônico ao permitir aos usuários integrarem seus pagamentos em um só lugar, facilitando o acesso às faturas e ao mesmo tempo permitindo que os prestadores de serviços se beneficiem com maior acesso de dados.

Como acontece com muitos produtos e serviços que exigem pagamentos e informações digitais ou uma abordagem de pagamento “card on file”, há um número crescente de atividades fraudulentas e de alvos de criminosos. A alta pressão dos volumes de pagamento em massa com integrações de pagamentos ultrapassadas torna as empresas e seus clientes vulneráveis aos crimes baseados em fraude. E sem uma rápida adaptação e aprimoramento dos processos de pagamentos, há chance de casos de fraude em serviços de assinatura que podem comprometer a reputação de serviços de assinatura sérios. Soluções de open banking, como mencionado acima, provavelmente se tornarão comuns no mundo das assinaturas, pois eliminam a burocracia e oferecem mais segurança.

Temos visto também uma implementação crescente de blockchain em diversos setores devido à maior exigência por segurança. O blockchain pode ser um desafio para o serviço de assinaturas no futuro próximo, pois possibilitaria um modelo de pagamento que revolucionaria a assinatura como a conhecemos. Em vez de as pessoas terem que assinar uma plataforma de streaming, elas vão poder fazer uma única transação para assinaturas de shows, artistas e conteúdos específicos. Tal modelo traria acesso a conteúdo para milhões de pessoas por meio de ‘micropagamentos’, pensando principalmente nas pessoas que não podem se comprometer com valores mensais muito altos. Além disso, com a tecnologia blockchain, os clientes vão poder deixar de usar moedas fiduciárias (como real, dólar, euro) e pagar em criptomoeda. Por fim, o futuro das assinaturas depende de soluções fintech e inovações para possibilitar um maior acesso ao mercado para todos, e muito parecido com a Wandinha Addams, são as fintechs que liberam o gênio criativo para resolver o enigma da assinatura.

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