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A Evolução dos NFTs

September 5, 2023 Leituras de 6 min
Os NFTs estão por aí trazendo um novo valor para memes, jogos e até mesmo arte. Há cada vez mais pessoas curiosas pelos tokens não fungíveis, mas ainda há muita confusão sobre o que eles realmente são. Junte-se a nós neste post da série “Desvendando tecnês” em que vamos falar sobre o que é um token não fungível e como eles têm se tornado, ao mesmo tempo, uma licença criativa, token financeiro e um ativo comercial, além de ser o assunto do momento - já há algum tempo. O interesse pelos NFTs segue tão alto que até a Xuxa, a eterna rainha dos baixinhos, lançou recentemente seu próprio álbum de NFTs, mas vamos chegar neste assunto mais para frente.
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O que são NFTs?

Tokens não fungíveis (NFTs) permitem ter ativos digitais únicos. Para ser ainda mais claro, os NFTs são ativos digitais negociáveis e seguros, e podem ser na forma de imagens JPEG, vídeos, desenhos animados, músicas e, às vezes, até peças de arte meio surreais (você já viu por aí um NFT de batata!?). Resumindo, qualquer item único e criação pode ser um token não fungível com valor financeiro.

Mas o que diabos é uma coisa não fungível? Basicamente, é algo único que não pode ser substituído por outra coisa. Por isso que estamos vendo peças de arte únicas, tweets e gifs sendo vendidos por aí como NFTs – porque são únicos. Um exemplo de algo “fungível” seria o bitcoin, porque você troca um por outro bitcoin e o que você fica é a mesma coisa.

Temos visto um crescimento enorme na popularidade dos NFTs por várias razões – desde a crescente dependência do uso de blockchain até a crescente legitimidade das criptomoedas. As oportunidades para NFTs cresceram com inúmeras empresas lançando suas próprias criações – como a Globoplay lançando álbum de figurinhas NFTs da Xuxa para promover o documentário da rainha dos baixinhos. Vimos itens colecionáveis, jogos online, gifs, arte e muito mais. Mas o que ouvimos frequentemente é “mas se podemos salvar a mesma imagem ou vídeo de graça, por que vou querer pagar por um NFT?”. Parece não fazer sentido mesmo, né? Sim, você realmente pode copiar um arquivo digital infinitamente – mas aí está uma importante ressalva: ‘você pode copiar’. Os NFTs não foram projetados para cópias e colagens. Eles dão às pessoas a propriedade da obra de arte original em si, mantendo o valor monetário. (Aliás, o artista/criador ainda tem direitos autorais sobre a reprodução da obra de arte). Então, quando as pessoas copiam o arquivo digital, é a mesma coisa que quando você compra uma impressão da Noite Estrelada de Van Gogh, mas você não possui o original.

Mais recentemente, vimos uma explosão de NFTs impulsionada de dentro da Ásia. Os habitantes do sudeste asiático representaram a maior parte do tráfego web baseado em NFT no ano passado, com a Ásia Central e o Sudeste Asiático respondendo por aproximadamente 35% dos US$ 22 bilhões em negociações globais de NFT. Mas voltaremos a esse assunto mais tarde.

Qual é o motivo de tanta empolgação?

Os NFTs fazem parte da blockchain Ethereum, mas mais recentemente outras blockchains também criaram suas próprias versões. O próprio Ethereum é uma criptomoeda, como o popular bitcoin, no entanto, seu uso de blockchain é o que mantém o controle sobre quem possui qual tipo de NFT, quando é negociado, etc.

Enquanto esses diversos tokens estão disponíveis em várias formas, como mencionado acima, incluindo tweets, o foco dos NFTs está mais voltado para o mundo da arte fina e sua evolução para a arte puramente digital. Dito isso, Jack Dorsey, CEO do Twitter, vendeu seu primeiro tweet ao empreendedor de criptomoedas Sina Estavi em 2021 por US$ 2,9 milhões. E no ano passado, tentou vendê-lo por US$ 48 milhões (o que não deu muito certo).

Apesar de sua complexidade, a popularidade dos NFTs também é impulsionada por sua existência na blockchain. As blockchains são uma forma de armazenar dados de forma independente, sem que uma empresa ou entidade precise garantir a segurança ou fidelidade da informação, a própria rede blockchain já garante isso. Há muito mais a se considerar, mas a segurança é um dos principais motivadores para a adoção da blockchain considerando a nossa realidade atual de ciberataques e instituições financeiras instáveis. Um outro motivo para o crescimento das NFTs são os  jogos NFT play-to-earn. Claro, assim como muitas outras inovações e avanços tecnológicos, os tokens não fungíveis tiveram um crescimento impressionante durante a pandemia. Pessoas que foram forçadas a ficar em casa ou perderam seus empregos viram uma grande oportunidade em uma nova economia com jogos play-to-earn. Por isso, embora os NFTs sejam legais e únicos, eles também atuam como apoio financeiro.

História em construção

Moedas Coloridas: Em 2012-13, a ideia dos NFTs surgiu das Moedas Coloridas. Esses tokens representam ativos tangíveis do mundo real que estão na blockchain. Isso poderia ser qualquer coisa, desde carros e metais preciosos até imóveis e ações de empresas. Foi aqui que as possibilidades romperam com nossa ideia de compra.

Primeiro NFT: Em maio de 2014, Kevin McCoy produziu o primeiro NFT conhecido chamado ‘Quantum’, que existia na blockchain Namecoin. Era um octógono colorido que mudava de cor enquanto pulsava – algo hipnotizante. A partir daí, vimos uma enorme quantidade de experimentação com NFTs e o desenvolvimento de plataformas construídas na blockchain do Bitcoin.

2014: Muita coisa aconteceu entre o primeiro NFT e este ponto, mas vamos acelerar um pouco até o surgimento do Counterparty, fundado por Robert Dermody, Adam Krellensein e Evan Wagner. A plataforma financeira construiu um protocolo de internet de código aberto na blockchain do Bitcoin. A partir daí, eles permitiram a troca descentralizada e a criação de ativos, dando aos usuários uma maneira de criar suas próprias moedas negociáveis. Isso levou a parcerias com Spells of Genesis em 2014 para pioneirismo em ativos de jogos.

2016: Os memes entram em cena. Que época para estar vivo! Os memes entraram na blockchain através da plataforma Counterparty. As pessoas começaram a adicionar ativos aos Rare Pepes, que apresentavam um personagem de sapo com os lábios mais voluptuosos que você já viu em um sapo. Pepe originalmente entrou na cena como um personagem de quadrinhos, chamado Pepe, the Frog e se tornou uma sensação para memes em todo o espectro. Em 2017, os Rare Pepes começaram a ser negociados e houve até mesmo um leilão de Rare Pepes!

2017: ERC20 era o padrão de token Ethereum mais comum, mas tinha limitações na criação de tokens únicos. Assim, em 2017, o ERC721 entrou com o propósito de se tornar o novo padrão para NFTs na blockchain Ethereum. Não apenas rastreia a propriedade por meio de seu contrato inteligente (de propriedade e dados pessoais protegidos), mas também rastreia o movimento de tokens individuais. Em suma, isso significava que um único ativo único não poderia ser dividido ou trocado. Graças ao ERC721, o CryptoKitties começou a aparecer na cena. Os adoráveis gatinhos virtuais existem em um mundo virtual para que os jogadores possam adotar, criar e negociar seus gatos usando Ethereum. O jogo foi tão popular que até mesmo foi destaque nas notícias mainstream. (Já volto. Vou adotar um gatinho virtual!)

2019 – presente: O que começou como um pequeno movimento discreto se transformou em um acesso mainstream à arte. Em 2018, o artista Kevin Abosch liderou um leilão de caridade com a GIFTO no Dia dos Namorados, o que resultou na venda impressionante de US$ 1 milhão de uma obra de arte cripto chamada “Forever Rose”. A partir daí, foi amor à primeira vista para aqueles que eram novos na cena. Tornou-se uma oportunidade emocionante para a expressão e incentivou os artistas a buscar novos meios de liberdade criativa. Nos últimos anos, vimos a popularidade e o crescimento dos mercados de NFT devido à sua licença criativa e flexibilidade na negociação e transferência de ativos. Em 2021, as negociações de NFTs atingiram US$ 17,6 bilhões, um aumento de 21.000% em relação a 2020.

O que esperar dos NFTs no futuro?

Não há limitação sobre quem pode criar um NFT ou necessidade de experiência, qualquer pessoa pode criar um. A única coisa que você precisa fazer é provar que o criou ou possuir o conteúdo legalmente. Além disso, qualquer pessoa pode comprar um NFT obtendo os direitos na blockchain para associar seu nome à obra de arte, até decidir revendê-la. A abertura do mercado contribui para sua reputação de ser um mercado volátil – o que, até certo ponto, é verdade. Mas, por outro lado, é essa volatilidade que cria espaço para o lucro, com oportunistas usando estratégias como comprar barato e vender caro para margens de lucro enormes.

Com tantas plataformas e blockchains, as pessoas estão se tornando mais habilidosas em ganhar dinheiro com NFTs, o que foi visto no fato de que houve um total de US$ 5,4 bilhões em lucro com a venda de tokens em 2021. Isso tem sido uma maneira não só de explorar os limites da criatividade, mas também um meio para desenvolver novas culturas e comunidades globalmente.

O boom na Ásia

A proibição de negociação de criptomoedas na China acabou direcionando investidores ávidos para o mercado de NFTs, que ainda é permitido. Em um continente com alta adoção de pagamentos digitais, a economia da Ásia já está preparada e prontas para a adoção de novas tecnologias, como os NFTs e isso meio que faz da Ásia a Cinderela do sapatinho de cristal dos NFTs. O Sudeste Asiático se destaca como o líder em propriedade de NFTs, especialmente nos próximos anos, com uma adoção esperada de NFTs tão alta quanto 41% em toda a região. 

A Statista conduziu uma pesquisa em 2020 sobre criptomoedas em 55 países. A pesquisa mostrou que o Vietnã tinha a segunda maior proporção de entrevistados que usavam ou possuíam criptomoedas, com 21,1%. Logo em seguida, com 19,8%, vem as Filipinas e a Tailândia estava em quinto lugar, com 17,6%. A popularidade desses métodos financeiros descentralizados em partes da Ásia é particularmente chamativa. Por quê? Porque a China não está sozinha com regulamentações sobre a negociação relacionada a criptomoedas sendo limitadas em áreas como Tailândia e Cingapura, devido às oportunidades potenciais de fraude e lavagem de dinheiro. 

No entanto, os NFTs ainda são amplamente baseados em especulação, então qualquer coisa pode acontecer. A tecnologia blockchain ainda está evoluindo e sendo descoberta diariamente, com os mercados de NFTs sendo considerados uma tecnologia em estágio inicial. Não seria loucura supor que o Sudeste Asiático continuará a se tornar o centro dos NFTs e uma região estratégica para testar a aceitação pública do novo comércio de moedas para o mundo. As variáveis residem nas regulamentações e na percepção do governo em relação aos NFTs.

E o resto do mundo?

A longo prazo, vemos a mudança de paradigma que os NFTs trazem para a monetização de ativos digitais. Apesar da intensa empolgação com os NFTs e ativos valiosos, podemos ver que a estrutura dos NFTs com blockchain reforça as promessas revolucionárias feitas pela tecnologia blockchain. Com esse crescimento de popularidade e confiança pública, podemos esperar ver uma implementação mais ampla de NFTs em áreas como redes sociais, música e muito mais. Nos dias de hoje, as pessoas estão buscando oportunidades de renda mais fáceis e uma maior funcionalidade na sociedade, e os NFTs podem definitivamente preencher essa lacuna.

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